Poder de escolha: o que você precisa saber sobre a hora de engravidar
17 de novembro de 2020A influência familiar e social são as grandes responsáveis sobre o questionamento que paira na realidade feminina: qual é o momento certo para ter um filho? Porém, os fatores como status de relacionamento, situação financeira e a vontade para ser mãe nem sempre coincidem com a idade fértil de cada mulher.
Viver as prioridades de cada fase da vida e respeitar o seu momento, que é individual, pode e deve fazer parte da rotina feminina. A maternidade não é para todas e não está ligada a uma fase e idade comum entre as mulheres.
O grande erro na nossa sociedade é acreditar que todas as mulheres nasceram para serem mães ou que devem viver a maternidade até os 30 anos de idade. Cada vez mais o espaço que a mulher ocupa no mundo se torna mais amplo. Carreira e estilo de vida, por exemplo, podem ir de encontro ao desejo por ser mãe ou postergar a decisão de se ter um filho.
As mulheres nascem com uma reserva de óvulos determinada, que não são renovados, seguem envelhecendo e sendo descartados naturalmente. Ela nasce com aproximadamente dois milhões de óvulos e, quando chega à puberdade, já tem entre 300 e 500 mil.
Por volta dos 37 anos, o número cai para aproximadamente 25 mil e, quando chega aos 51 anos é natural que a mulher entre na menopausa. Ou seja, a quantidade de óvulos disponíveis para gerar um embrião é cada vez menor e a possibilidade de se tornar mãe é diminuída ao longo da vida de uma mulher.
Para cada mulher esse processo é diferente, ou seja, é preciso ter acompanhamento médico e exames específicos para saber, com exatidão, o nível de reserva ovariana que se tem. Mas, é certo que após os 30 anos de idade a queda da quantidade e qualidade dos óvulos vai se intensificar.
Uma solução para as mulheres que buscam por autonomia na tomada de decisões e, também, o melhor momento para viver a jornada da maternidade, é o congelamento de óvulos. A técnica consiste na avaliação clínica da mulher por um médico especialista em reprodução assistida, que solicitará exames específicos para identificar a qualidade e quantidade de óvulos existentes, seguida da recomendação ou não do tratamento.
A decisão pelo procedimento de congelamento de óvulos dá início a um novo ciclo: uso de medicamentos hormonais necessários para a estimulação ovariana e então, a retirada dos óvulos para o congelamento, que futuramente poderão ser fertilizados, dando a tranquilidade necessária para cada mulher viver a maternidade no momento em que julgar apropriado.