5 tabus sobre a fertilidade feminina

A fertilidade feminina é cheia de tabus desde a adolescência com o início da puberdade até a menopausa. Resumindo, estes paradigmas acompanham as mulheres durante todo seu período fértil.

Não importa qual fase da vida, sempre terá um dilema que perturba o dia a dia feminino. Por isso, selecionamos algumas verdades para serem esclarecidas e libertar as mulheres do sofrimento e angústia que o tema oferece:

  1. A menstruação não é algo para se envergonhar

Pesquisas apontam que as meninas (e mulheres adultas) sentem vergonha de falar sobre menstruação. Infelizmente, alguns motivos desse constrangimento é a falta de conhecimento sobre o que é este sangramento e a falsa ideia de que pode remeter à sujeira. Além disso, existe uma série de preconceitos relacionados ao período pré-menstrual, que taxam as mulheres de estressadas e mau humoradas.

A menstruação é algo fisiológico e ocorre todos os meses em mulheres em idade reprodutiva. Trata-se da descamação das paredes internas do útero, pois o corpo se prepara para a gravidez todos os meses e, quando não há fecundação, o endométrio se desprende e é expelido, por meio do sangramento que conhecemos como menstruação. Por isso, não há motivo para se envergonhar, pois é algo da natureza feminina.

  1. Fertilidade não está ligada à feminilidade

Se engana quem estereotipa o perfil de mulher que é ou não fértil. Poder gerar filhos não está ligado a vontade de ser mãe, a posição social, a profissão ou até mesmo a opção sexual.

A fertilidade está diretamente relacionada a capacidade do organismo de ter óvulos saudáveis, o que está ligada à idade, e a um aparelho reprodutor que seja um bom abrigo para o desenvolvimento do feto. Muitas mulheres enfrentam problemas de fertilidade, mas conseguem ser mães com o apoio de procedimentos de reprodução humana. Seja de forma natural ou com ajuda de profissionais, a fertilidade não está ligada à feminilidade.

  1. Como viver a sexualidade é uma escolha da mulher

A sexualidade feminina é marcada por preconceitos e polêmicas. Ao contrário dos homens, que possuem uma liberdade para viver o prazer, as mulheres convivem com o pudor e julgamentos quando escolhem serem livres.  A mulher precisa ter a liberdade de viver sua sexualidade, até para explorar suas necessidades fisiológicas.

Outro ponto a ser destacado neste tema é a mulher ser vista como a única responsável pela contracepção, quando, na verdade, deveria ser compartilhado com o parceiro, por exemplo, o uso da camisinha. É essencial dividir essa responsabilidade e falar sobre o assunto.

  1. Nem toda mulher nasceu para ser mãe

Existe um falso entendimento de que todas as mulheres nasceram para serem mães, porém, esta é uma decisão que deve ser individual. Trazer uma criança ao mundo envolve diversos fatores desde a disponibilidade de tempo para se dedicar ao filho até condições financeiras e emocionais para criá-lo de maneira saudável. Por isso, a maternidade deve ser parte de um planejamento familiar e uma escolha sobre a melhor hora para a engravidar.

Após os 30 anos, há uma queda na fertilidade, pois há diminuição na quantidade e qualidade dos óvulos. Porém, atualmente, a criopreservação é um recurso que mantém os óvulos saudáveis independentemente da idade em que a mulher irá utilizá-los, por isso, é indicado que o procedimento seja realizado entre os 20 e 35 anos, quando a saúde fértil da mulher está no auge. Ao realizar o congelamento, é possível planejar a gravidez no futuro em um momento mais oportuno, que terá tempo para planejar cada passo de sua vida.

  1. A menopausa não te faz menos mulher

Outro tabu importante acerca da fertilidade feminina é a menopausa. Ao se aproximar da idade de entrada ao climatério, as mulheres tendem a ter medo do que as esperam. Não apenas os sintomas físicos, como calor em excesso, irritabilidade e desaceleração do metabolismo, assustam, mas também a falsa ideia de que a mulher perde a capacidade de sentir prazer.

A queda dos hormônios reprodutivos é a causa da menopausa. É um processo normal que acontece com todas as mulheres, normalmente, após os 40 anos de idade. Isso não significa que a mulher perderá sua libido para sempre, mas sim que não terá mais a possibilidade de engravidar com seus próprios óvulos.