Como a idade interfere na saúde reprodutiva da mulher?
25 de janeiro de 2021Nos últimos anos, a rotina da mulher mudou completamente. Elas passaram a ocupar cada vez mais o mercado de trabalho, dedicando-se à profissão e aos projetos pessoais. Diante desta realidade, a maternidade foi postergada no planejamento familiar dessas mulheres. Mas como essa nova vida interfere na saúde reprodutiva da mulher?
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, em 20 anos houve um aumento em 88,5% no número de mulheres que se tornaram mães após os 40. Isso é possível graças ao avanço da medicina reprodutiva, que auxilia na realização deste sonho para quem não consegue engravidar naturalmente com uma idade avançada.
Mas, por que a idade é tão importante na hora de optar pela maternidade?
A saúde reprodutiva feminina está programada para ter um começo e fim. Todas as meninas já nascem com uma quantidade determinada de óvulos. Durante seu período fértil, que inicia após a primeira menstruação, a mulher vai perdendo gradativamente a quantidade de óvulos que possui.
Além disso, outro ponto que tem impacto importante nas chances da gravidez tardia é a qualidade dos óvulos. Conforme o tempo passa, há um envelhecimento do gameta feminino, que, além de dificultar a fecundação natural, também pode causar problemas para a saúde do feto ou da mãe.
É neste cenário que entra a medicina reprodutiva como uma opção para as mulheres que pretendem adiar a gravidez ou ainda não têm certeza se querem ser mães. O congelamento de óvulos é uma técnica que permite manter a qualidade dos gametas de quando ele foi coletado. Por exemplo, se o procedimento for realizado aos 28 anos e a fertilização in vitro aos 40 anos, os óvulos ainda terão o mesmo potencial de quando foi congelado.
Por isso, é importante que essa possibilidade seja analisada o quanto antes, de preferência, entre os 25 e 35 anos. Assim, ao optar por uma gravidez tardia, os riscos de complicações para o feto como dificuldades de crescimento e anomalias cromossômicas diminuem.
Congelar os óvulos é uma opção que oferece mais tranquilidade para a tomada de decisão sobre a maternidade, permitindo assim que os outros setores da vida sejam aproveitados plenamente pelas mulheres, sem que tenham que se preocupar com a pressão imposta pela sociedade.