HIV e maternidade

O vírus do HIV – responsável pelo desenvolvimento da Aids – é um vírus que ainda não tem vacina para prevenção, mas há inúmeras formas para evitar o contágio e, caso tenha o diagnóstico positivo, há formas de tratar para que a situação não se agrave. Mas, e se eu for soropositivo e quiser ser mãe? É possível?

Ser mãe e soropositiva não é o fim do mundo, mas não significa que seja fácil. É preciso ter alguns cuidados.

Pré-Natal

No período de gestação e no momento do parto é possível que a mãe transmita o HIV para o bebê (assim como sífilis e hepatite B). O ideal, é que antes de pensar em ter uma gestação, a mulher e seu parceiro (a) sexual devam realizar os testes para o HIV. O diagnóstico e tratamento precoce, podem garantir o nascimento saudável do bebê.

Quais testes a gestante deve realizar no pré-Natal?
– Três primeiros meses: HIV, sífilis e hepatites;
– Três últimos meses: HIV e sífilis;
– No momento do parto: HIV, Hepatite B e sífilis;
– Em caso de exposição de risco e/ou violência sexual: HIV, sífilis e hepatites;
– Em caso de aborto: sífilis.

E se o positivo vier DURANTE a gestação?

As gestantes que recebem esse diagnóstico durante o pré-Natal têm indicação de tratamento com medicamentos antirretrovirais durante toda a gestação e, sempre orientada pelo médico, no parto. O tratamento previne a transmissão vertical, da mãe para a criança, durante a gestação, o parto ou a amamentação

O recém-nascido deve receber o medicamento antirretroviral e ser acompanhado pelos médicos especialistas. O ideal é que não haja a amamentação, evitando a transmissão do HIV por meio do leite materno.

IMPORTANTE: mulheres com diagnóstico negativo para HIV durante o pré-natal ou parto devem utilizar camisinha (masculina ou feminina) nas relações sexuais, inclusive durante o período de amamentação, prevenindo a infecção e possibilitando o crescimento saudável do bebê.

De acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde de HIV/Aids 2020, o Brasil registrou mais de 134 mil gestantes vivendo com HIV de 2000 a junho de 2019. Isso mostrou que em dez anos os diagnósticos da doença entre mulheres grávidas aumentaram 21,7% e isso se deve, em grande parte, à testagem, ao diagnóstico no pré-natal e ao programa brasileiro de HIV/Aids do SUS. Ainda de acordo com o boletim, dos 900 mil brasileiros com HIV, 766 mil foram diagnosticados, 594 mil fazem tratamento com antirretroviral e 554 mil não transmitem o vírus porque estão com a carga viral indetectável.

Logo…

É muito importante que a mulher faça o acompanhamento de saúde desde antes de engravidar e é fundamental que haja essa atenção extra com os médicos caso tenha esse diagnóstico. Há formas de prevenir e também de evitar a transmissão vertical. Procure seu médico e se informe.